sábado, 30 de dezembro de 2023

A FÉ E ESPERANÇA SE RENOVAM A CADA ANO

 


José Rocha

Quando o ano chega ao fim, muitas pessoas veem apenas a mudança de um calendário, mas outras aproveitam para refletir sobre o que fizeram e o que pretendem fazer no ano que se inicia. Eu me incluo nesse segundo grupo.

A minha vida profissional sempre esteve ligada ao comércio exterior, especialmente na área de importação, pois moro na Zona Franca de Manaus e sempre encontrei oportunidades nesse ramo.

Com o fruto do meu trabalho, realizei muitos sonhos: concluí a faculdade, formei uma família, eduquei os meus filhos e contribuí para a valorização da minha cidade natal, Manaus, divulgando a sua cultura e os seus encantos.

Desde jovem, eu tinha paixão pela escrita. Aos vinte e poucos anos, eu fazia um jornalzinho que circulava na empresa onde trabalhava. Também fui eleito presidente da associação dos funcionários, onde me dediquei ao bem-estar social dos meus colegas.

Depois de cinquenta anos, retomei a escrita no BLOGDOROCHA, uma oportunidade única para pesquisar jornais antigos, ler mais livros, fazer estudos e começar a entender a história da minha cidade.

No começo, eu recebi muitas críticas, e ainda recebo até hoje, pois escrevo de forma leve, solta, cômica e informal, usando gírias, alguns palavrões e principalmente o amazonês.

Algumas pessoas me achavam um ignorante, um cara sem cultura e conhecimento, que ousava escrever um monte de bobagens nas redes sociais. Todas essas críticas eu aceitava e aceito até hoje como forma de incentivo para melhorar cada vez mais.

Na época da pandemia, quando quase todas as atividades ficaram paralisadas, fui obrigado a ficar isolado dentro de casa e até proibido de abraçar os meus próprios netos, pois poderia transmitir a covid para eles.

Aproveitei esse tempo para reunir os meus alfarrábios e transformá-los em e-books, ou seja, livros digitais que até hoje não foram impressos por falta de recursos próprios e de interesse das editoras e do governo.

A pedido do meu amigo Flávio de Souza, fiz um livro de sua biografia, que apesar das dificuldades para concluí-lo, foi impresso e fizemos o seu lançamento no Luso Sporting Club. Evidentemente, que foi um livro feito por um iniciante, contendo erros e omissões, mas os trezentos exemplares foram todos vendidos e a edição está esgotada.

Veio a minha aposentadoria, hora de vestir o pijama, calçar um chinelo, se embalar numa cadeira de macarrão, ler jornais e dormir durante o dia e a noite, esperando a morte chegar.

Mas eu fiz tudo ao contrário: continuei trabalhando com o meu filho mais velho, caminhando e fotografando a minha cidade Manaus, frequentando os bares tradicionais, tomando banho na Ponta Negra e na Praia da Lua.

Além disso, continuei fazendo o que eu mais gosto: escrever os meus livros e interagir nas redes sociais. Segundo a escritora Carolina Santos, “Escrever alivia a alma, enriquece o conhecimento e dá voz a quem não a tem”.

Ao chegar ao final do ano, renovo a minha fé e a minha esperança em um mundo melhor e que os meus livros sejam impressos e bem aceitos por todos vocês.

Feliz Ano Novo!