domingo, 10 de julho de 2016

PROMESSAS DE POLÍTICOS EM CAMPANHA


O eleitor deve votar, conscientemente, no melhor candidato - naquele que possui, a priori, uma boa formação acadêmica e humana e, com propostas viáveis para o bem estar da sociedade - não deve utilizar o sagrado voto como moeda de trocas, baseando-se, simplesmente, nas promessas de ajuda pessoal do político - essa é a regra geral - no entanto, se houver compromissos firmados em campanha, o pretendente ficará marcado com o dever moral de cumprir com a sua palavra - essa é a exceção à regra.

Conheço inúmeros casos, na qual o eleitor iludido caiu na lábia do político que prometeu “mundos e fundos” e, depois de eleito, fugiu, pegou o beco e escafedeu-se - sendo blindado pelos “aspone” (assessores de porra nenhuma) dos eleitores “chatos” (para o político, todo eleitor é um chato depois da eleição), pois alguns cobram dentro dos gabinetes o que fora prometido a eles em campanha.

Sou totalmente contra votar com base em promessas de candidato, mas, caso o caboco prometa, deve cumprir a sua palavra, custe o que custar!

Outra coisa: está chegando as eleições para prefeito e vereadores -  a hora da “onça beber água” (onde o político se humilha e se ajoelha perante ao Rei, o eleitor), com o dever de cumprir com as promessas do passado (não compridas) e,  prometer (mentir, novamente) para o futuro.

Muitos candidatos eleitos, que passaram quatros anos fechados em seus ricos gabinetes, terão de suar a camisa, batalhar feito um doido para renovar o seu mandado, pois a grana está minguada (sem a doação de pessoas jurídicas) – no tempo da vaca gorda, muitos não cumpriam com as promessas, imaginem agora!

Tenho um amigo, o Danilo Gomes, morador e pequeno comerciante do bairro da Redenção, ele caiu no papo furado de um deputado estadual – logo após a eleição, esse político foi até a casa do Danilão, para agradecer aos votos obtidos na comunidade.

Pois bem, como estava próximo ao “Dia das Crianças”, ele prometeu doar “mil contos” (do vigário, é claro!) para bancar parte da festa que, tradicionalmente, é realizada naquele bairro – foi procurado no dia anterior para liberar a “babita”, mas, o “potoqueiro” simplesmente esqueceu o que tinha prometido, deixando o Danilão em “maus lençóis”, pois teve que tirar a grana do próprio bolso para pagar o aluguel dos “pula-pulas”.

O Danilão já foi umas duas dezenas de vezes ao gabinete desse político para tentar receber a sua grana, sendo ressarcido apenas de trezentos reais – para ter uma ideia, ele já gastou mais de quatrocentos reais de táxi nas idas e vindas da cobrança - pensem numa “fuleiragem” desse arremedo de parlamentar.

Mudando de “pau para cavaco”: em campanhas passadas, o então governador do Amazonas, o Amazonino Mendes (alguns pronunciam Amazonino Mente) estava na Zona Leste de Manaus, em plena campanha para a sua reeleição – o pessoal pedia de tudo: telhas de barro e de zinco, cimento, pererecas (dentaduras), tábuas de madeira, uniformes de futebol, cadeiras de roda, ranchos e “o escambau a quatro”.

Logo após um pedido do eleitor, o Amazonino gritava:

- Anota ai, secretário!

Depois de centenas de solicitações, o “secreta” falou:

- Governador, o caderno está até o toco, cheio de pedidos, o que devo fazer?

- Rasga essa porra, joga fora, pega outro caderno e começa anotar tudo novamente, caralho! – rindo da cara dos otários.

Em seguida, chegou um negão de quase dois metros de altura, fazendo um pedido inusitado:

- Governador, a minha nega velha está buchuda no balde, tenho que casar de qualquer forma, consegue um par de alianças de ouro pra gente!

- Deixa comigo, mermão, anota ai, secretário! – dando a resposta de sempre.

Na hora do discurso do governador, o negão era só cobrador:

- Amazonino! – gritava e fazia aquele sinal imoral, com os dois dedos em forma de “O” da mão direita, metendo dentro do dedo do “cotoco” da outra mão.

- Negão! – continuou gritando e, gesticulando.

- Mazoca – idem.

- Caboco! - idem.

O Amazonino ficou invocado, deu uma parada e chamou o aspone:

- Secretário, dá uma olhada ai no caderno de pedidos, verifica se eu prometi dar o toba pra aquele negão!

- Não é isso não, governador! Ele quer apenas um par de alianças! – respondeu quase rindo.

- Dá logo essa porra, caralho! – respondeu babando de raiva.


É isso mesmo, existe politico que promete dar tudo, inclusive, o próprio “fiofió” – prometeu, tem que cumprir a palavra! É isso ai

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