O eleitor deve votar, conscientemente,
no melhor candidato - naquele que possui, a priori, uma boa formação acadêmica
e humana e, com propostas viáveis para o bem estar da sociedade - não deve utilizar
o sagrado voto como moeda de trocas, baseando-se, simplesmente, nas promessas
de ajuda pessoal do político - essa é a
regra geral - no entanto, se houver compromissos firmados em campanha, o
pretendente ficará marcado com o dever moral de cumprir com a sua palavra - essa
é a exceção à regra.
Conheço inúmeros casos, na
qual o eleitor iludido caiu na lábia do político que prometeu “mundos e fundos” e, depois de eleito,
fugiu, pegou o beco e escafedeu-se - sendo blindado pelos “aspone” (assessores de porra nenhuma) dos eleitores “chatos” (para o político, todo eleitor
é um chato depois da eleição), pois alguns cobram dentro dos gabinetes o que fora
prometido a eles em campanha.
Sou totalmente contra
votar com base em promessas de candidato, mas, caso o caboco prometa, deve
cumprir a sua palavra, custe o que custar!
Outra coisa: está
chegando as eleições para prefeito e vereadores - a hora da “onça
beber água” (onde o político se humilha e se ajoelha perante ao Rei, o eleitor),
com o dever de cumprir com as promessas do passado (não compridas) e, prometer (mentir, novamente) para o futuro.
Muitos candidatos eleitos,
que passaram quatros anos fechados em seus ricos gabinetes, terão de suar a
camisa, batalhar feito um doido para renovar o seu mandado, pois a grana está
minguada (sem a doação de pessoas jurídicas) – no tempo da vaca gorda, muitos
não cumpriam com as promessas, imaginem agora!
Tenho um amigo, o Danilo Gomes, morador e pequeno
comerciante do bairro da Redenção, ele caiu no papo furado de um deputado
estadual – logo após a eleição, esse político foi até a casa do Danilão, para agradecer aos votos
obtidos na comunidade.
Pois bem, como estava
próximo ao “Dia das Crianças”, ele
prometeu doar “mil contos” (do
vigário, é claro!) para bancar parte da festa que, tradicionalmente, é
realizada naquele bairro – foi procurado no dia anterior para liberar a “babita”, mas, o “potoqueiro” simplesmente esqueceu o que tinha prometido, deixando
o Danilão em “maus lençóis”, pois teve que tirar a grana do próprio bolso para
pagar o aluguel dos “pula-pulas”.
O Danilão já foi umas duas dezenas de vezes ao gabinete desse político
para tentar receber a sua grana, sendo ressarcido apenas de trezentos reais –
para ter uma ideia, ele já gastou mais de quatrocentos reais de táxi nas idas e
vindas da cobrança - pensem numa “fuleiragem”
desse arremedo de parlamentar.
Mudando de “pau para cavaco”: em campanhas
passadas, o então governador do Amazonas, o Amazonino
Mendes (alguns pronunciam Amazonino
Mente) estava na Zona Leste de Manaus,
em plena campanha para a sua reeleição – o pessoal pedia de tudo: telhas de
barro e de zinco, cimento, pererecas (dentaduras), tábuas de madeira, uniformes
de futebol, cadeiras de roda, ranchos e “o
escambau a quatro”.
Logo após um pedido do
eleitor, o Amazonino gritava:
-
Anota ai, secretário!
Depois de centenas de
solicitações, o “secreta” falou:
-
Governador, o caderno está até o toco, cheio de pedidos, o que devo fazer?
-
Rasga essa porra, joga fora, pega outro caderno e começa anotar tudo novamente,
caralho! – rindo da cara dos otários.
Em seguida, chegou um
negão de quase dois metros de altura, fazendo um pedido inusitado:
-
Governador, a minha nega velha está buchuda no balde, tenho que casar de
qualquer forma, consegue um par de alianças de ouro pra gente!
-
Deixa comigo, mermão, anota ai, secretário! – dando a resposta
de sempre.
Na hora do discurso do
governador, o negão era só cobrador:
-
Amazonino! – gritava e fazia aquele sinal
imoral, com os dois dedos em forma de “O”
da mão direita, metendo dentro do dedo do “cotoco”
da outra mão.
-
Negão! – continuou gritando e, gesticulando.
-
Mazoca – idem.
-
Caboco! - idem.
O Amazonino ficou
invocado, deu uma parada e chamou o aspone:
-
Secretário, dá uma olhada ai no caderno de pedidos, verifica se eu prometi dar
o toba pra aquele negão!
- Não é isso não, governador! Ele quer
apenas um par de alianças! – respondeu quase rindo.
- Dá logo essa porra, caralho! –
respondeu babando de raiva.
É
isso mesmo, existe politico que promete dar tudo, inclusive, o próprio “fiofió” – prometeu, tem que cumprir a
palavra! É isso ai
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