sábado, 14 de novembro de 2020

NAVIO BALATAL

É um navio não registrado na Marinha do Brasil, pois está somente no imaginário popular.

Como sabemos Balatal é formado por Balata + al = lugar ou bosque onde existe muitas balatas, onde se extraia o antigo "ouro branco", o látex que fez fortunas e ruínas para muitos seringalistas do início do século passado.

Quando houve a debandada geral dos gringos e brasileiros falidos, era vergonhoso para aqueles que ostentavam fortunas voltarem pobres para os seringais, para trabalhar e "comer o pão que o diabo amassou", eram tempos difíceis. 

O momento de pagar os pecados e excessos cometidos quando estavam "em cima da carne seca" (sinônimo de riquezas para os nordestinos da época).

Com o tempo, este barco da desgraça foi sendo utilizados por políticos que receberam um cheque em branco da população e depois de quatro anos não foram reeleitos por terem pensado somente no particular em vez do bem estar geral.

O termo foi usado em quatro e quatro anos nas rádios de Manaus e do interior, para malhar os políticos não reeleitos.

O Valdir Corrêa, da Rádio Difusora, fez o maior sucesso. Anos depois, a direção resolveu suspender o programa, pois constrangia muitas pessoas, cabendo até danos morais.

Em Parintins, o compositor Tadeu Garcia usava para sacanear o boi contrário perdedor.

O barco somente consente a entrada dos perdedores, no caso, os políticos não reeleitos.

É uma viagem a trabalho, sem volta. É a volta do anzol. Pagar pelos erros cometidos.

Em 2020, existe a previsão de mais de 50% dos atuais Vereadores embarcarem no Navio Balatal.

É isso ai.