A nossa Biblioteca Municipal, foi criada pela lei nº 971, de 02 de janeiro de
1967, e sancionada pelo decreto nº 27, de 12 março de 1975 – o prédio onde
funcionava, situado na Rua Monsenhor Coutinho, 529, está fechado desde 08 de
agosto de 2011 – estando provisoriamente, na Casa do Restauro, no Largo
de São Sebastião – deixando aquele prédio histórico totalmente abandonado,
sendo saqueado pelos vândalos, servindo
para moradia de desocupados, bandidos e viciados em drogas – motivo de revolta
por parte dos estudantes e intelectuais da cidade de Manaus.
JOÃO
BOSCO EVANGELISTA (7-3-1938 a 4-8-1973)
O
manauense João Bosco Pantoja Evangelista graduou-se em
Administração pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação
Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro. Foi técnico da Comissão de Desenvolvimento
do Estado do Amazonas – Codeama, professor de Ciências Políticas na Faculdade
de Ciências Econômicas da Universidade do Amazonas e professor da Escola de
Serviço Público do Estado do Amazonas – Espea. Escritor e poeta, foi um dos
fundadores do Clube da Madrugada e presidiu a União Brasileira de Escritores –
UBE, seção do Amazonas. Idealizou o jornal literário Nossos Dias, editado em
1956 na capital amazonense, e foi assessor especial do Governo do Amazonas,
cargo que exercia na época de seu falecimento.
História
Devido à falta de documentos oficiais, estima-se que o prédio tenha sido construído por uma família portuguesa, em 1908, durante o período áureo da borracha - o local recebeu ainda um laboratório médico de pesquisas sobre febre amarela, e, da década de 1960 até meados dos anos 1980, abrigou uma sorveteria - após o estabelecimento ser fechado, o local voltou a ser abandonado.
A
Prefeitura Municipal de Manaus, através da ManausCult, fez o projeto arquitetônico,
com responsabilidade do arquiteto Marcel Reis Gusmão.
Em
2014, a biblioteca foi incluída nas ações de revitalização pelo Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas. Entretanto, segundo a
prefeitura, em 2015 e 2016, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) teve problemas para aprovação de projetos e liberação dos
recursos, motivo pelo qual a obra ainda não pôde ser realizada.
Lamento
muito pelo descaso por parte do prefeito de Manaus – isso é um crime contra o patrimônio
público, além de um grande desrespeito pela história da nossa cidade e, principalmente,
pelos estudantes de Manaus e turistas. É isso ai.
Fotos:
1. Alex Pazuello
2. Acervo Roger Péres
3. Projeto Arquitetônico: PMM
4. Parcial (atual): José Rocha
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