Certa vez, estava sentado no
Canto do Fuxico, no Bar Caldeira, um lugar preferido pelos manauaras da gema,
quando o Carbajal
Gomes perguntou-me quem foi Lobo D'Almada, que emprestou o nome a rua onde
fica o boteco, apenas respondi que foi um grande governador do nosso Estado.
Ao ler o livro "Amazonas, Notícias da História ", da nossa cabocla historiadora Etelvina Garcia, pude conhecer um pouco mais sobre o Lobo.
Ele era militar e engenheiro civil, governou a Capitania de São José do Rio Negro (nome antigo do Estado do Amazonas) , no período de 1786 a 1798.
Transferiu a sede, em 1791, da Vila de Barcelos para o Lugar da Barra (atual Manaus).
Fez uma administração primorosa, com resultados econômico-sociais que o consagrou como o maior administrador do Amazonas colonial.
Construiu a atual Igreja Matriz, introduziu a pecuária no Amazonas, construiu o Palácio dos Governadores, o Hospital São José, fundou a freguesia de Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana (atual Parintins), construiu fábricas de velas, telhas, ladrilhos, cabos de piaçaba para atracação de barcos, etc.
Esse trabalho rendeu ciumeira e inveja do governador do Grão Pará e Rio Negro, o Francisco de Souza Coutinho, irmão do Rodrigo de Souza Coutinho, Ministro dos Negócios Ultramarinos, da Coroa Portuguesa.
O Lobo D'Almada foi acusado de se apropriar do dinheiro público.
Tentou, em vão, provar sua inocência, mostrando que possuía poucos bens, adquiridos ao longo de sua carreira pública.
O ministro perseguiu o Lobo D'Almada, tirando-o do poder, transferindo a capital de volta para Barcelos.
Desprestigiado e humilhado, recolheu-se em Barcelos, onde morreu no dia 27de outubro de 1799 e foi sepultado.
Lobo D'Almada, um grande nome da nossa história.
É isso ai
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