sábado, 3 de dezembro de 2011

FILOSOFANDO COM O EMBUÁ

Manhã chuvosa na cidade de Manaus, eu estava “no trono”, naquela posição da estátua “O Pensador”, do Augusto Rodin, pensando na “obra” que eu estava fazendo, de repente, passa pela minha frente um embuá, um quilópodes que gosta muito de comer folhas e madeiras podres, ele estava no lugar errado, mesmo assim, não cansava de dar seguidas voltas pelo banheiro.


Fiquei a pensar: este inofensivo animalzinho vai passar toda a sua vida num pequeno espaço, dentro de uma imensa casa, onde tem próximo, inúmeras casas, inúmeros quintais, inúmeras ruas e avenidas, numa cidade que tem doze mil quilômetros quadrados, pertencente a um Estado que possui mais de um milhão e quinhentos mil quilômetros quadrados, dentro de uma país com mais de oito milhões e quinhentos mil quilômetros quadrados, dentro do planeta Terra com uma superfície de mais de quinhentos e dez milhões de quilômetros quadrados; ele não tem a mínima ideia da dimensão desse espaço e, jamais terá!

Agora, eu também, conheço somente um ínfima parte do planeta Terra, que gira entorno da Estrela Sol, maior um milhão e trezentos mil vezes que o nosso planeta, ambos fazem parte do Sistema Solar, que está dentro da Galáxia Via Láctea, uma das milhares e milhares galáxias que existem no espaço infinito.

Sou também um embuá da vida, não tenho a mínima ideia da dimensão do mundo onde gira o meu planeta e, jamais terei!.

Fiquei a pensar sobre o nosso destino aqui na Terra, o tempo regressivo para a nossa autodestruição está zerando, outrora, fui contra a participação do Brasil na construção da Estação Orbital Internacional (ISS), agora, aplaudo, pois, penso que poderá ser a única opção futura para vivermos no espaço, quando da destruição total do nosso planeta, será o local onde alguns seres humanos poderão viver e procurar no espaço infinito uma nova morada, uma Nova Terra.

Talvez, os seres humanos vieram de outros planetas, destruídos pela ganância, pelo materialismo, pelo desrespeito ao meio ambiente, enfim, o bicho homem matando o outro bicho homem e a casa onde moram.




Estamos fazendo tudo isso aqui no nosso planetinha azul - este ciclo será constante: encontrar uma nova morada, destruir, ir para o espaço para encontrar um novo local e começar tudo de novo!



 
De repetente, alguém bate à porta, parei de filosofar sobre vida, sem querer, pisei no coitado do embuá, fui ao trabalho e, o meu superior pisou na minha cabeça, por ter chegado   atrasado, pois passei muito tempo filosofando com o embuá e esqueci do horário. Eu, hein!

Um comentário:

José Ribamar Mitoso de Souza disse...

Rochinha, cada classe, cada grupo e cada etnia posui sua própria arte para seu consumo. A burguesia, como pensou o filósofo Adorno, cria suas industrias do entretenimento e, com elas, os estilos " artísticos" e os "criadores" aceitáveis pelo sistema. Quem não seencaixa em seus objetivos ideológicos de formatação social da mentira tem que conscientizar sua classe, seu grupo e sua etnia das mentiras ideológicas dos outros. É assim, mano. Mas a NASA já possui a fórmula da vida eterna na terra ou em outro planeta. Tá no site da nasa e começou com o mapeamento do genoma e com ascélulas tronco. Vamos sobreviver.