segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

PRAÇA DA SAUDADE

Praça da Saudade

Poema de Carlos Simões

Viva a nossa praça
Que me fez recordar
Tempo de criança quando ia brincar
Na minha adolescência na praça
Sentado no banco com grande emoção
Dedilhar meu amigo violão a cantar
Com alegria e inspiração
Na noite linda iluminada de luar
Colegas em grupo inspirados adorar a canção
Muitos partiram, estão no céu
Com nosso senhor
Passaram-se os anos, a lembrança divina ficou
Colorida na mente, que amada oura vibração
A voz os versos eram uma prece de amor
No espaço vibrava o eco a caminhar
Praça que me faz relembrar os amores
E a primeira namorada que me fez amar
Ainda me lembro da antiga praça
As belas colunas com suas pérgulas
Cobertas com trepadeiras verdejantes a florar
As lidas buganvílias vermelhas a florear
A estatua de Terreiro Aranha reluzia
As cores enfeitavam e coloriam a sua imagem
Valorizando sua memória a contemplar
Praça dos namorados, e visitantes.
Que gostavam de passear
Contemplaram sua beleza a deliciar
Bando de pombos catando
No solo verde colorido
Os passarinhos a cantar
Canteiros, jardins todos enfeitados.
Com flores rosa perfumadas
Domingo tinha retreta
A orquestra vibrando a tocar
O povo alegre ostentoso
A meninada a gostar
A praça era tão linda
Colorida cheia de esplendor
Toda verde a florir
Que fazia sonhar o trovador
Agora só resta tristeza
Que saudade da antiga praça
Era linda de verdade
Sua empolgação, beleza destruída
Foi modificada, ultrajada
Que maldade que fizeram
Com patrimônio histórico
Que triste barbaridade, não pensaram.
Só seu nome não mudou
Foi uma honra histórica
Em seu louvor
Que saudade da gloriosa praça
Era um cartão postal
Que me fez reviver a sua graça
O grande evento
Que encantou com atento
A inspiração fortificou o pensamento
Praça da Saudade
Saudade, tudo é encantamento.
Quem sabe que um dia
Volte a encantar com flores rosa
O aroma das roseiras a perfumar
A minha querida Praça da Saudade
Poderá ser mimosa, graciosa.
Deus ouça ajude o meu lamento
Faça a praça deslumbrar novamente.




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