quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O QUINTAL DO DURAU

No final dos anos 50, iníco dos 60 existia um terreno bastante amplo na Rua Igarapé de Manaus, entre as ruas Lauro Cavalcante e Huascar de Figueiredo.

O mesmo pertencia a uma família de origem Síria, tendo como patriarca o Sr. Marcelino, comerciante de miudezas na Av. Joaquim Nabuco.

Para deleite da garotada da época, o terreno era tomado de árvores frutíferas: açaí, biribá, graviola, goiaba, pitomba, tucumã, tamarindo, pajurá, etc.. Mas o que chamava mais atenção eram as mangueiras!!

Havia mangas de várias espécies, tais como: manga rosa, manga espada, manga massa, manguita, etc.

A molecada ficava todas às tardes na espreita, tentando adentrar ao terreno para colher as mangas caídas, porém o mesmo era vigiado pelo Durau (filho do Marcelino, que nunca aprendeu a falar português), A Neide (filha) e por um cachorro bravo.

Quando a garotada entrava no terreno e era descoberto, além de devolver as frutas apanhava do Durau de galho de goiabeira!

Em vista disso a molecada montou uma estratégia para roubar as mangas: entravam no terreno à noite, quando todos dormiam!

A farra acabou quando descobriram que à noite, no local, aparecia uma visagem (alma), da finada Dundum, ex-mulher do Marcelino.

Todos ficaram apavorados com a história da visagem, e nuca mais entraram lá à noite.

Tempos depois se soube que a alma fora uma invenção dos moradores mais velhos, que pela manhã bem cedo, iam ao terreno e enchiam as cestas de mangas!
José Rocha Martins Filho

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá.
Meu sobrenome é Durau e desejo melhores e maiores detalhes deste causo, pois pode haver um pouco de verdade, pois aqui no estado onde nasci (Paraná) tem um causo parecido com este também contado pela Família Durau
Att.
Marcelo Durau
m.durau@hotmail.com