domingo, 22 de junho de 2025

FILME AMAZONENSE 'GARROTE' - CARTA DO DIRETOR BRUNO PANTOJA


 A pandemia de Covid 19 alterou para sempre como existimos neste mundo, isso é ainda mais verdade aqui no Amazonas. Pais, avós, amigos, o conhecido de rua, a senhora da loja, pessoas, vidas interrompidas de maneira brutal.

Como não pensar na possibilidade de termos sido vítimas de alguma experiência coletiva macabra? Na época, em mais a um turbilhão de informações e imagens, a ciência, em meio a um turbilhão de informações e imagens, a ciência foi desacreditada, narrativas oficiais doentias chegavam a todo momento na tela do celular. Mentes capturadas, o caminho para as câmeras de asfixia estava sendo pavimentado.

Dimensionar o real impacto dessas perdas é ainda hoje difícil. Ninguém saiu ileso desse momento. Coletivamente e individualmente tentamos superar as dores, as ausências, as ansiedades, medos e os lutos. E meio a este processo reflexivo temos que nos perguntar: Por que isso aconteceu?

Se a arte pode contribuir para um processo de entendimento e reflexão da realidade, e eu acredito que pode. Garrote é uma tentativa. Olhar novamente para o que aconteceu no Amazonas durante a pandemia, jogar uma lupa para o íntimo, dentro das casas, nos relacionamentos, nos nossos corações. Temos um filme sobre sufocamento da relação, dos sentimentos, da esperança.

Bruno Pantojo

Diretor


FICHA TÉCNICA

Duração: 25:00 min - País: Brasil - Ano: 2025

GARROTE: entre eles, a realidade

Um casal em lockdown. Uma cidade sem oxigênio. O amor que vira vazio.

Produção Executiva: Maira Dessana

Assistente de Produção: Bruna Freire. Emerson Lima. 

Diretor de Fotografia: Thiago Morais

Assistente de Câmera: Anderson Oliveira. Uriel Vasconcelos. Pamela Samantha. Chicokaboco. 

Diretor de Arte: Nonato Tavares. 

Assistentes: Roberto Suarez

Figurino: Socorro Papoula

Maquiagem. Maira Dessana

Assistente de Direção: Saleyna Borges

Direção: Bruno Pantoja

Roteiro: Zemaria Pinto

Som Direto: Fernando Crispim

Trilha Sonora Original: Miriam Simões e Lorena Monteiro

Edição e Montagem: Caio Alexandre

Elenco: Begê Muniz - como João. Amanda Magaiver, como Maria

Mais informações: bacabaproducoes@gmail.com

Lançamento: dia 25 de junho de 2025, às 19 horas, no Teatro Gebes Medeiros (Ideal Clube).


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sábado, 14 de junho de 2025

EU QUERO É PAZ!


 

Por José Rocha

Ao longo da história, os países têm se envolvido em guerras por território, riquezas e ideologias. Mesmo após as devastadoras Guerras Mundiais, que reconfiguraram nações e redefiniram a geopolítica, ainda há líderes que insistem em trilhar esse caminho destrutivo. Mas será que a humanidade realmente deseja isso? Eu acredito que não! Como muitos outros, jamais incentivei ou apoiei qualquer guerra. Eu sou da paz e quero paz.

A busca incessante pelo poder e pela dominação leva nações a conflitos desnecessários. Vemos isso em diversas partes do mundo: líderes que querem expandir seus territórios, fortalecer regimes autoritários e manter seus privilégios, enquanto os povos sofrem. A população quer viver com dignidade, segurança e prosperidade, e não ser refém da ambição de poucos.

Os Estados Unidos, por exemplo, acumulam um histórico de envolvimento em guerras ao redor do mundo, intervindo em conflitos em diversos continentes. O Oriente Médio continua sendo palco de disputas que poderiam ser evitadas com diálogo verdadeiro e respeito mútuo. A guerra entre Israel e Palestina persiste por décadas, e os ataques terroristas apenas intensificam o sofrimento de inocentes. Se houvesse compromisso real com a paz, não estaríamos testemunhando tantas vidas perdidas.

O caso da Rússia e da Ucrânia é outro exemplo do fracasso da diplomacia e do respeito entre nações. A invasão russa trouxe destruição e sofrimento, e expôs os perigos da ambição desmedida de líderes que veem territórios como peças de um tabuleiro político. A paz não é apenas um ideal distante; é uma necessidade urgente para que os povos tenham futuro.

Na Ásia, vemos países como a China e a Coreia do Norte investindo em poder militar enquanto suas populações enfrentam dificuldades. A paz deve ser prioridade, acima de qualquer desejo de expansão ou controle. Governantes que priorizam a guerra em vez do bem-estar de seu povo apenas perpetuam a desigualdade e o sofrimento.

Precisamos enxergar além da política suja e dos interesses mesquinhos de líderes que lucram com a guerra. A humanidade não deve ser refém da ambição de poucos. A verdadeira grandeza não está em dominar territórios ou subjugar povos, mas em garantir um mundo onde todos possam viver com dignidade e harmonia.

Eu não apoio guerras. Não apoio invasões. Não apoio a destruição. Eu apoio a paz! Que ela seja o futuro, e não apenas uma esperança distante.

terça-feira, 3 de junho de 2025

SHOW DE PARAQUEDISMO - NY COSMOS X FAST CLUBE - 1980

 



Foto-Reprodução. Jornal do Comércio. José Rocha

        Após os jogos preliminares e momento antes da partida principal entre o NY Cosmos X Fast Clube, aconteceu um show de paraquedismo, formado por equipes do Aeroclube do Amazonas, Pará Clube de Manaus e Olímpico Clube. Partiram do Aeroclube de Manaus, sob o comando do Tenente Coronel Adelson Julião, Presidente da Confederação Brasileira de Paraquedismo (servindo naquela época em Manaus). Saltando na altura de 1.500 metros, abrindo os paraquedas a 700 metros, caindo bem no meio do campo, vieram com a bola do jogo e as bandeiras do Fast e do NY Cosmos. Portavam paraquedas modernos para a época, tipo asa, de grande rendimento aerodinâmico. A mais aplaudida foi a jovem Joesia Julião, que realizou uma aterrissagem perfeita, juntamente com o seu irmão Adelson Junior Julião. Dentre os atletas, o Isaac Marconde, o mais antigo da turma, foi o que trouxe a bola utilizada no jogo. Atletas que saltaram: Adelson Julião, José Abelardo, Paulo Caminha, Alfredo Jacaúna, Isaac Marconde, Mauro Péres, Pedro Gouveia, Marcos Rivas, Alex Rivas, Celso A. Hagge, Adelson Julião Junior, Pedro Ottino, Joesia Julião, Jodelson Julia e Ricardo Ramalho.

        Manaus era a cidade que tinha mais atividades de salto, superando até a cidade de São Paulo. Os adeptos de paraquedismos esportivos eram praticados por engenheiros, oficiais das forças armadas, estudantes universitários, industriais, comerciantes e empresários.

        Tinha e ainda tem uma grande aceitação por parte dos jovens. Aos sábados e domingos, as famílias dos saltadores lotavam as dependências do Aeroclube Manaus para assistirem aos saltos, como ainda é tradição até hoje. 

       Naquele domingo histórico, o público saiu do estádio satisfeito com o show, pois os paraquedistas deram um colorido todo especial ao espetáculo. Várias mulheres praticavam paraquedismos naquela época, como a Joesinha (filha do TC Julião, universitária de Engenharia, a única a saltar antes do jogo), Suely Sicsu, Eva Lopes, Cely de Castro, Silvia Ferreira, Hélida Barros, Harneide Macedo, Eneide, Dra. Rosaline Amorim (médica pediatra) e sua filha Kátia Amorim (Pará Clube).

        O Tenente Coronel Adelson Julião, do Exército Brasileiro, fez história no paraquedismo do Brasil e, em particular, na cidade de Manaus, em 1980. O Coronel Adelson Julião presidia a Federação Brasileira de Paraquedismo (FBP) quando foi destacado para servir em Manaus. Em 1980, ele fundou a Federação Amazonense de Paraquedismo (FAP), consolidando o esporte no estado. No mesmo ano, entre 8 e 20 de abril, a Seleção Brasileira de Paraquedismo conquistou o vice-campeonato das Américas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, em competição realizada em Alta Gracia, Córdoba, Argentina. Julião, então presidente da FBP, foi eleito vice-presidente da Confederação Pan-Americana de Paraquedismo.

        A FAP, localizada no Aeroclube de Manaus, na Zona Centro-Sul da capital, possui a terceira maior área de paraquedismo do Brasil. A federação incentiva a formação de novos atletas, promovendo suas atividades consoante a legislação de aerodesporto. Com estrutura completa e aeronaves próprias para a prática do esporte, o aeroclube segue ativo, apesar das restrições impostas após um incidente em abril de 2022, que levou à suspensão temporária dos saltos.  

        Mesmo assim, o aeroclube mantém uma escola de paraquedismo, oferecendo cursos e saltos duplos (Tandem).

        Em 2025, a Federação Amazonense de Paraquedismo         e o histórico jogo entre NY Cosmos e Fast Clube, ocorrido em março de 1980, celebraram 45 anos de história no esporte amazonense.


OBSERVAÇÃO: O LIVRO ENCONTRA-SE À VENDA POR R$ 40,00, PELO E-MAIL: jmsblogdorocha@gmail.com