MATAPI
Esta fotografia eu tirei tempos atrás no MUSA - Museu da Amazônia, situado na Reserva Ducke, no bairro Cidade de Deus, zona Leste da cidade de Manaus.
Para algumas pessoas parece estranha, mas para os indígenas e caboclos da Amazônia é um instrumentos de pesca muito comum,
Na foto aparece a parte conhecida como "boca ou porta"”, onde é colocada a isca para atrair os camarões e por onde eles são retirados no momento da despesca.
Desta maneira, os camarões aproximam-se do apetrecho atraídos pela isca que está inserida no interior do cilindro mas, para chegar até a isca o único acesso livre é pela base maior do tronco de cone que os direciona até a base menor, que por sua vez os leva até o interior do cilindro, onde ficam retidos.
São confeccionados com finas varetas da tala das palmeiras jupati e inajá. Para amarração das varetas os pescadores utilizam cipó e/ou fitilho plástico de polipropileno ou nylon para varal.
Foto: José Rocha
VERGONHA NACIONAL
Segundo dados do IBGE, o Estado do Amazonas possui 120 mil famílias sem água encanada e 320 mil sem banheiros e esgotos.
Possuímos a maior bacia hidrográfica do mundo, mesmo assim, milhares de famílias não possuem água em suas casas.
E outros tantos milhares os banheiros e sanitários são em fossas biológicas.
Para os prefeitos, construir esgotos não dá votos, pois ficam enterrados!
O Amazonino Mendes deu de presente a antiga COSAMA para empresários de fora.
Deu no que deu!
Somos o último lugar no Brasil neste quesito.
Isto é uma vergonha!
SESC
Apesar dos recentes escândalos envolvendo os altos escalões do "Sistema S (Sesc, Senac, Sesi, Sebrae e outros S)", o Sesc da Rua Henrique Martins é uma boa opção para os mais velhos e estudantes.
Para a terceira idade a carteirinha é apenas cinco reais. Basta carregar algum valor e utilizar muitos serviços.
A biblioteca abre as nove e fecha somente cinco da tarde. Um lugar amplo, muito bem cuidado, um excelente ar-condicionado, internet de R$ 2,50 a hora, muitos livros e jornais do dia.
Quando bate a fome o restaurante é imenso, com um cardápio variadíssimo, com dez reais dá para ficar bem satisfeito.
Banheiros bem limpos, água mineral a vontade e pessoas educadas que te respeita e te serve com qualidade.
Se quiser consertar os cacos dos dentes, basta marcar uma consulta e fazer o tratamento com um preço bem camarada.
Aos poucos o SESC vai voltando a normalidade.
Caso queira tomar um banho na piscina e se refrescar nos finais de semana basta ir ao Balneário do Sesc no Conjunto Campos Elísios.
AGRADECIMENTOS
Sábado passado, dia do meu aniversário, desejo agradecer a todos que enviarem felicitações e, principalmente:
Ao nosso bom Deus Criador por mais um ano de vida.
Aos meus filhos Amanda, Alexandre e Adriana, bem como, a minha nora Vanessa e aos meus netos Maria Eduarda, Mateus e Vitor, pelos presentes e almoço especial.
Aos meus irmãos Rochinha, Henrique e Graciete.
Aos meus amigos do Bar Caldeira, em especial aos presentes do Carbajal Gomes e Rui Sá.
Ao pré-candidato a vereador Joaquim Alencar, pelo presente surpresa.
Aos amigos do Bar do Armando, em especial a Ana Cláudia e aos músicos da casa pelo "Parabéns a Você".
Aos vizinhos da Ladeira da Tapajós.
A centenas de amigos do Facebook que mandaram-me felicitações.
Muito Obrigado mesmo! A Vida continua.
O TAMBAQUI
Tambaqui é um peixe nobre da Amazônia - o nome científico é Colossoma macropomum; segundo os especialistas, as características são as seguintes: escamas com corpo romboidal (quadrilátero de ângulos não retos) , nadadeira adiposa (pequena excrescência carnosa) curta com raios na extremidade; boca prognata (mandíbula alongada) com dentes molariformes (molar, próprio para roer) e rastros branquiais (brânquias, órgão respiratório) longos e numerosos, a coloração geralmente é parda na metade superior e preta na metade inferior do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água.
Vamos conhecer um pouco mais: É uma espécie que realiza migrações reprodutivas, tróficas e de dispersão; durante a época de cheia entra na mata inundada, onde se alimenta de frutos ou sementes; na vazante dos rios, os indivíduos jovens ficam nos lagos de várzea onde se alimentam de zoo plâncton e os adultos migram para os rios de águas barrentas para desovar. Na época de desova não se alimentam, vivendo da gordura que acumularam durante a época cheia.
Por ser um peixe com uma carne saborosíssima, muito utilizado na culinária regional e, alcançando um alto valor de mercado, houve uma sobrepesca, tornando difícil encontrar um indivíduo com um peso maior.
Um caso raro: no mês de Agosto deste ano, um pescador do Município de Maraã (635 Km de Manaus), no Rio Solimões, pescou um com 1 metro e 15 centímetros, pesando quarenta e quatro quilos, com idade calculado entre doze a quinze anos. Foi colocado no formol e está em exposição no Bosque da Ciência, no Instituto de Pesquisa do Amazonas – INPA, em Manaus, no bairro do Aleixo.
Segundo os especialistas, a pesca e comercialização em Manaus eram a seguinte: durante décadas e notadamente até metade da década de 80, o Tambaqui foi o principal item desembarcado no porto de Manaus, chegando a um pico de 14 mil toneladas anuais durante a década de 70, no entanto, nas últimas estatísticas pesqueiras computadas apresentaram uma média de desembarque de 300 toneladas anuais de peixes oriundos de ambiente natural.
Para a proteção da espécie na época da desova, o IBAMA criou a temporada do defeso (proibição), entre 1º. de Outubro a 31 de Março, neste período, não é permitido a pesca, transporte, armazenamento, beneficiamento e a comercialização desta espécie, com exceção dos casos de estoques declarados pelo IBAMA, produto proveniente de piscicultura registradas e acompanhados de certificado de origem e a pesca científica autorizada previamente autorizada.
Na minha infância, tinha uma missão muito árdua: ir toda semana ao Mercado Adolpho Lisboa, para pegar o “bucho” do Tambaqui. Apesar de ser um peixe nobre, era muito consumido pela classe de baixa renda, existiam em grandes quantidades e o preço era muito bom, na nossa mesa nunca faltava. As pessoas quando viam aquele menino, pegando as vísceras do peixe, ficavam chocadas, algumas até se dispunham a me dar uma “banda” do Tambaqui, porém, sempre me recusava, o objetivo maior era o bucho! Não dava para explicar para todo mundo que aquilo servia como matéria-prima para fazer um tipo cola, utilizada na confecção de violões. Depois da década de oitenta, a produção caiu, o preço foi para a estratosfera, tivemos que parar de utilizar o bucho, passamos a utilizar a cola branca. Olha o Tambaqui ai, gente!
Doca do DB do Dom Pedro, recebendo uma remessa de um fornecedor de Manacapuru.
CASA DA DONA CHAOLÉ LOUREIRO
Uma das poucas conservadas desde o início do século passado até hoje. Fica na Avenida Eduardo Ribeiro, com acesso a Rua Dez de Julho.
CARESTIA
Tudo está caro no Brasil, principalmente os produtos da cesta básica e material de construção.
Segundo os especialistas, decorre de três fatores principais:
1. A alta do dólar, incentiva os produtores nacional a exportar (ganham mais reais) cada vez mais, rareando para consumo interno. Por outro lado, a importação desses produtos chega muito caro ao Brasil.
2. Estamos na entressafra de muitos produtos agrícolas, como por exemplo o arroz, o que provoca o desabastecimento no mercado.
3. O Auxílio Emergencial permitiu a milhões de brasileiros de baixa renda e afetados pela Pandemia, a comprarem mais alimentos e fazerem pequenas reformas em suas casas. Entrando neste caso a Lei da Oferta e da Procura, ou seja, quanto mais se compra um determinado produto o seu preço tende a aumentar (pela ganância dos empresários).
Vamos entender melhor:
1. O Dólar aumenta, a exportação também, o empresário ganha mais. A importação deixa os produtos mais caros, com redução no volume e o Brasil aumenta as suas reservas cambiais. Quem paga o pato? O Povo!
2. Os pobres e remediados recebem o Auxílio do governo, este recebe de volta em forma de mais impostos arrecadados, pois as compras aumentam. Os empresários aumentam os preços para lucrarem mais e ficarem ainda mais ricos. Pela carestia, os pobres a cada mês reduzem a quantidade de produtos, pagando o pato novamente.
Dá vontade ou não de chamar um palavrão?
Dá mermo!
RAP DO LIXO
Lixo
muito lixo
as pessoas estão
pouco se lixando
para o lixo
acham que o
Rio Negro é um grande depósito
de lixo
jogando toneladas
de lixo no coitado do Rio
o lixo irá contaminar o
Rio que por sua vez
voltará para contaminar
àqueles que jogaram o
lixo no Rio
o lixo poderia virar
um luxo
caso fosse reciclado
mas as pessoas
se dão ao luxo
de não aproveitar
o lixo
que luxo!
O Rio é um luxo
para poucos
no entanto, esses
poucos em detrimento
de todos, o transforma
em lixo!
O Rio evapora
transforma-se
em chuva
e um dia será ácida
irá cair na cabeça
de todos os que jogam
ou não o lixo no Rio
todos pagarão a conta
então, meu irmão
se manca ai
deixa de uma vez
por todas de jogar
o lixo no Rio!
José Rocha
José Diniz Madeira ( Diretor do Luso Sporting Clube, em 1930, na Rua Tapajós) e Zigomar Madeira Dutra (morador antigo da Rua Tapajós, meu vizinho). Duas gerações de portugueses da cidade de Manaus.
TAMO NA LETRA F NÃO DE FELIZ!
Eu não gosto de falar sobre política, políticos e politicagem, mas os dedos coçam para escrever.
Pois bem, o que me causa revoltar é presenciar um cidadão amazonense que vira e meche volta ao poder, sempre admirado por muitos cegos, desavisados e apadrinhados.
Esse camarada deu o Porto de Manaus para uma família que destrói paulatinamente o nosso Roadway.
Vendeu o Banco do Estado do Amazonas ao Bradesco por preço de banana.
Deu de mão beijada a Cosama.
Promove o maior festival de dispensas de licitação, direcionando para amigos e bajuladores.
Incompetência e corrupção são suas marcas registradas em todas as suas administrações.
O cara entrou falido e agora ostenta uma riqueza bilionária.
Está com o pé na cova, mas ainda quer ser novamento o burgo mestre da minha sofrida e abandonada terra de Ajuricaba.
E o povo ainda vota e adora este cara.
BOATE MORANGUINHO
Ficava no Ideal Clube, na Avenida Eduardo Ribeiro, onde é hoje o Teatro Gebes Medeiros.
Foi fundada pelo Carlos Augusto Carneiro na década de 60, encerrando as atividades em 80.
Ponto de encontro dos jovens ricos e remediados de Manaus, foi palco de romances, namoros e casamentos.
A Juventude Idealina realizavam programações semanais, sempre lotada de jovens.
Havia todos os tipos de saraus, com apresentações artísticas, shows de cantores, concursos de dança, interpretações teatrais, recitais, concertos, eleições de misses, desfiles de moda, homenagens e comemorações, festas de formaturas e muito mais.
O nome para alguns veio em homenagem a Miss Terezinha Morango, para outros, foi assim chamado por ter paredes na cor de morango.
Não sei, pois nunca lá frequentei.
Dizem que tinha luzes estroboscópica e ar condicionado, escurinho de luz negra, fumace e com uma requintada programação social.
Era um lugar aprazível na época.
Os conjuntos musicais Os Embaixadores e Blue Birds (Jander, Beto, Chaim e Ananias Goes) faziam o maior sucesso.
Para os mais jovens filhos dos associados existia o "Mingau Dançante".
Alguém ai sabe os nomes dos jovens que aparecem na foto?
Fonte: livro "Ideal Clube. - Cem anos de aristocratismo"
Foto: Denize Cabral.
GEORGE HUEBNER
Tinha lojas nestas cidades e no Rio de Janeiro. Resolveu passar o resto de sua vida em Manaus.
Era dono da Photografica Alemã. Registrou a nossa Manaus no início do século passado.
Irei fazer um post para o nosso blog, contando a vida deste alemão que veio para estas plagas e morreu, sendo sepultado no Cemitério São João Batista.
Auto retrato do George Huebner.
Sem querer querendo, já entrei em dezenas de grupos.
Um deles é Receitas Caseiras da Vovó.
Alguém perguntou:
O que é bom para frieiras?
Respondi:
- Coçar os pés no punho da rede!
Alguns acharam graça, mas o administrador, não.
Imagino que ele pensou:
"Postamos coisas sérias e esse cara vem com gracinhas"
Acho que serei excluído.
Lamento, pois sorrir é o melhor remédio!
A igreja católica de Manaus é riquíssima. Dona de centenas de imóveis. Na Rua Tapajós os padres franciscanos de antigamente construíram um centro social imenso ao lado do Colégio Adalberto Valle. Servia para clube de mães, narcóticos anônimos, garagem para os moradores, escolas, quadras polivalentes onde treinavam a super equipe de voleibol de São Sebastião e nos finais de semana jogavam os jovens da comunidade. E outras tantas atividades. Tudo feito pelos comunitários. Os novos padres expulsaram todo mundo e alugaram o imóvel para a UNINORTE e agora para o COREN. A peso de ouro. Dinheiro eles possuem e muito. Lembram do padre milionário do Pai Eterno. Pois é!
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