Por José Rocha
Nas décadas de 50 e
60, apesar de já existirem cafés embalados, algumas famílias gostavam de
comprar o café em grãos, torravam e pilavam o café, que era fervido em
fogareiros de carvão.
No centro da cidade
existiam as padarias Frankfour e Modelo, mas os pães também eram vendidos pelos
padeiros que entregavam na porta dos clientes. Geralmente, eram pães caseiros,
de meio quilo, com massa fina e doce.
O leite era in natura,
vendido por leiteiros que passavam de porta em porta deixando o precioso
líquido branco.
A manteiga regional, a
mais gostosa, era vendida a retalho nas tabernas ou em latas de meio quilo,
sendo a marca Aviação a mais preferida.
Queijos disponíveis
eram apenas o Coalho e Manteiga, sendo o Bola reservado para os ricos.
Sucos somente de
frutas regionais, mas eram difíceis nas mesas de pobre.
Quando a grana estava
curta, o jeito era tomar o café sem leite e o pão sem manteiga, ou comer
bolacha de motor.
Uma vez na vida e outra
na morte, apareciam um cuscuz, tapioca com queijo ou um pé de moleque e bolo de
macaxeira.