Num
belo domingo ensolarado de Manaus, resolvi caminhar, com início na Avenida
Getúlio Vargas (Vila Paraíso) até o Amarelinho, no bairro de Educandos, um
passeio muito legal, pois é possível curtir um pouco do centro histórico de
Manaus (apesar do abandono), culminando com a vista gostosa da orla do Rio
Negro.
Quando
estava no meio da Ponte Antônio Plácido (para quem não sabe, ela é conhecida como Ponte do
Educandos, construída na década de 1970, pelo então prefeito Frank Abrahim Lima,
em homenagem a um antigo vigário da igreja),
avistei uma antiga balsa, igualzinha a de uma fotografia antiga do inicio do
século passado.
Por
ser amarrado na nossa Manaus antiga, parei para admirá-la de longe, pois estava
ali um bem com mais de cem anos e, ainda em plena atividade, levando e trazendo
mercadorias para esse mundo de meu Deus, que é a nossa imensa Amazônia.
Para
falar a verdade, não cheguei até o Amarelinho, pois fiquei interessado na tal
balsa antiga – desci uma escada que fica ao lado da ponte, na parte debaixo
parece mais com uma pequena praça, onde várias pessoas estavam reunidas, se
preparando para comemorar o domingo com uma bela churrascada e muita gelada no
gogó.
Ao passar pela Rua Boulevard Sá Pexoto, achei muito bacana em ver os vizinhos reunidos para bater um papo, meninos brincando
de papagaio de papel e donas de casas trazendo as suas compras do mercado - são pequenas coisas que o progresso está acabando aos poucos.
Não
consegui chegar até à balsa antiga, pois estava atrás de duas residências,
impedindo o meu acesso. Parei num local onde já fora conhecido como “Porto das
Catraias”, no final da Rua Manoel Urbano, onde os antigos catraieiros (tripulantes de catraias movidas através
da força física dos braços) paravam para
pegar os passageiros que desejam atravessar o rio e ir até o Mercado Adolpho
Lisboa e adjacências.
Resolvi
bater um papo com um canoeiro motorizado, pode-se, assim dizer, um catraieiro
moderno, em decorrência de fazer o mesmo serviço e trajeto em que antigos
faziam – o cara era bom de papo, falou sobre a sua vida profissional sobre as
águas, declarou que, criou os filhos e ainda cria alguns netos com a renda do
seu trabalho – depois, fui convidado para tomar uma gelada num boteco flutuante
na orla do Amarelinho, afinal, ninguém é de ferro! Declinei do seu convite,
pois o meu negócio, naquele momento, era caminhar e curtir as belezas do lugar.
Caminhei
um pouco mais, desejava encontrar com o Cláudio Amazonas, um caboco historiador
da melhor qualidade, ele tem "a cara do bairro", mas, não o encontrei – depois, caminhei
pela “Baixa da Égua”, lugar onde estive faz alguns anos atrás, a convite do meu
amigo japonês Bianor Mitoso, para participar do carnaval do bairro – também não
encontrei o nipônico e, resolvei voltar.
Tentei
fazer o trajeto inverso, ao passar novamente pela ponte, tirei uma fotografia
da balsa antiga - porém, não voltei para a minha origem, a Avenida Getúlio
Vargas, fui direto para o Caldeira’s Bar, pois precisava, urgentemente, reidratar-me
(com água que passarinho não bebe, é claro!). Eu, hein!
Domingo tem mais caminhada pelo bairro de Educandos, dessa vez pretendo chegar até o Amarelinho (vide fotocolagem abaixo), desde que não encontre nenhuma balsa antiga pelo meu caminho. É isso ai.
Fotos: Coloridas - J Martins Rocha
Domingo tem mais caminhada pelo bairro de Educandos, dessa vez pretendo chegar até o Amarelinho (vide fotocolagem abaixo), desde que não encontre nenhuma balsa antiga pelo meu caminho. É isso ai.
Fotos: Coloridas - J Martins Rocha
Um comentário:
FOI MUITO BOM ACOMPANHAR O SEU PASSEIO DE TÃO LONGE...
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