Meu livro e-book
"Ária Ramos Subindo Ao Céu - Amor e Tragédia em 1915" foi publicado
na Amazon.com.br. Em breve, estará disponível para venda.
Aguarde.
Este livro é resultado de
intensas pesquisas em jornais antigos, revistas, livros e documentos judiciais
sobre o caso de Ária Ramos, cuja morte ocorreu na madrugada de 17 de fevereiro
de 1915, um período marcante na história da cidade de Manaus. Apresenta-se como
um romance histórico que narra um assassinato em um baile de carnaval no Ideal
Clube. Para a justiça, foi considerado uma fatalidade; para a sociedade
manauara, um crime passional.
Ao escrever este livro,
levei em consideração tanto a memória coletiva do povo amazonense quanto os
registros históricos. Enquanto a memória coletiva é subjetiva e apresenta
diferentes versões do mesmo evento, os fatos históricos são objetivos e
precisos, baseados em fontes oficiais e aceitos pelos historiadores. A fusão
desses elementos enriqueceu a narrativa, tornando-a atraente para diversos
públicos. Embora a história em si possa parecer insossa, a memória coletiva dá
cor e brilho ao fato histórico, revestindo-o de vida. Essa combinação de
elementos também aumenta o interesse dos leitores.
O livro, fruto de minha
imaginação criativa, além de fatos narrados em diversos meios de comunicação e
da colaboração da Inteligência Artificial, baseada em sistemas neurais
artificiais inspirados no cérebro humano, pode conter erros e omissões. No
entanto, seu objetivo principal não é julgar aqueles já absolvidos pela justiça
dos homens, mas sim oferecer um vislumbre da história antiga, atual e futura de
Manaus, bem como do que perdura na memória de seu povo através dos séculos.
Ao explorar o passado, o
presente e até mesmo o futuro distante da cidade de Manaus, espero incutir nas
pessoas a ideia de que um homem não é dono de uma mulher nem de seu destino,
mas sim que o respeito deve prevalecer em todas as relações.
O feminicídio, um
assassinato de uma mulher, é motivado por ódio, desprezo, prazer ou um
sentimento de posse em relação à vítima. Isso exige dos governos e dos
políticos uma ação mais efetiva na criação de uma legislação e aplicação mais
severa da lei, além de educação e conscientização por meio de campanhas de
sensibilização e mudanças culturais e sociais.
‘Ária Ramos subindo ao Céu
– Amor e Tragédia em 1915’ é o meu debute literário em um romance histórico. A
obra envolveu uma série de desafios, destacando-se o desenvolvimento da trama,
dos personagens e a construção de um mundo real e irreal. Inspirada pela física
teórica e pela liberdade criativa da ficção, desafiou as fronteiras do tempo e
espaço. Na trama, a personagem principal está no passado e encontra-se em
sonhos com uma personagem do presente. Ambas viajam para o passado por meio de
um portal, voltam ao presente e, posteriormente, desloca-se para o futuro com
outra personagem. Essa exploração de diferentes épocas é estudada na física
teórica, onde algumas teorias, como a relatividade geral de Einstein, sugerem
que sob condições extremas isso é possível. No entanto, na prática, atual,
ainda não é viável, sendo mais ficção científica do que realidade.
Por outro lado, na minha
imaginação de escritor, tudo é possível. Personagens vivenciam aventuras em
diferentes épocas, presenciam eventos importantes e até mesmo mudam o curso da
história. A ficção oferece um espaço seguro onde as regras da física são flexibilizadas
para levar até você, leitor, a minha mensagem.
Num sábado de verão
amazônico, por volta do meio-dia, visitei o Cemitério São João Batista. Esse
horário é considerado um ponto intermediário entre o nascer e o pôr do sol, um
momento de convergência de energias, equilíbrio entre a luz e a escuridão,
ideal para as sensações especiais. Com uma dica da administradora do
campo-santo, procurei o mausoléu de uma moça com um violino na Quadra 5, que
ficava próximo ao Cemitério Israelita ‘Chevrah Kadishah de Manaus’ (Sociedade
de Sepultamento). Entre centenas de túmulos, eu não conseguia localizar o de
Ária Ramos. Enquanto olhava para um lado e para o outro, ouvi o timbre de um
violino, um som que o distinguia dos demais instrumentos de cordas. Juro que não
havia uma viva alma naquele lugar. Após muita busca, acredito que a própria
Ária tenha me guiado até ela. Ao longe, conseguir visualizá-la entre uma
imensidão de túmulos. Ao ficar bem em sua frente, fiz o sinal da cruz e pedi
sua permissão para escrever este livro sobre sua história. Fechei os olhos e
senti, no fundo da alma, que fui autorizado. Agradeci e me despedi, orando para
ela continuar ao lado do Nosso Senhor Jesus Cristo. Ao chegar em casa, fiz
questão de ouvir a valsa ‘Subindo ao Céu’, tocada no violão pelo músico
Dilermando Reis, em sua homenagem.
Este pequeno livro, com
pouco mais de quarenta páginas, é repleto de emoção e inspiração histórica.
Desejo a todos uma boa leitura, que enriqueçam seus conhecimentos, reflitam
sobre suas vidas, valorizem mais nossa história e memória coletiva. Que todos
tenham uma envolvente viagem no tempo!
Que Deus nos abençoe. Amém.