Olha, bem sei que, ao ficarmos cada vez mais velhos,
tornamo-nos um pouco mais rabugentos, iguais aos nossos velhos pais e aos netos
"aborrecentes".
Por exemplo:
1. Não tolero mais ser chamado atenção por um filho. Má
rapá! Faço o que faço e não tô mais nem ai;
2. Não gosto mais de futebol, prefiro assistir a um filme
pornô na hora do amor;
3. Não gosto mais de missa, acho o padre um saco. Só entro
na Igreja de São Sebastião quando está sem uma "viva alma". Cruz,
Credo!;
4. Não vou a velório, muito menos a enterro, acho que cada
um cumpriu a sua missão ou não. Ninguém vai virar pedra mermo, mermão;
5. No trânsito, fico puto e chamo palavrão para quem para no
meio da rua ou me joga para a contramão;
6. Gosto de ouvir alto as minhas músicas e não tolero os
bregas mais altos dos meus vizinhos;
7. Gosto de ajudar, mas não abuse, não, achando que sou
otário. Sou doido, mas não sou leso, não;
8. Falo alto, pois estou ficando surdo do ouvido esquerdo,
não reclame não;
9. Quem de longe acenar para mim e nem eu responder, não
ache que sou boçal, estou mesmo é ficando cego do olho direito!
10. Não adianta falar:
- Rocha, para de beber! Eu respondo:
- Não consigo beber sem parar!
11. Outro velho amigo, falou:
- Rocha, tú és um Highlander!
Respondi:
- Menos, vou morrer um dia, não sei a hora. Vá agourar o
caralho!
Sabe de uma coisa, acho que estou ficando igual como era os
meus pais: bebo em casa, tenho medo do lá fora, curto as minhas músicas em
casa, estou voltando às décadas de 50 e 60, comecei a gostar de jazz, durmo que
nem um porco da pata branca, falo sozinho, acho que os amigos estão falando mal
de minha pessoa, quero morar no interior dentro da mata e etcetara e tal.
Que tal curtir Elis Regina:
"Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais"
Brincadeiras a parte, este texto é apenas para relaxar e
pensar na vida.
Bom final de semana meus amigos!