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quinta-feira, 18 de julho de 2024

OS LADRÕES DA INTERNET

 Por José Rocha

Diariamente, observo pessoas que declaram para o mundo saber que foram vítimas de golpes na internet. Agora, imaginem a quantidade enorme que sente vergonha de vir a público falar que foram enganadas em decorrência do “Olho Grande”, achando que iriam ganhar fortunas, ou que caíram no ‘Papo Furado’ dos bandidos de plantão. Sentem-se como ‘Otários’ ou infantis por terem caído em armadilhas que poderiam ser facilmente evitadas com um pouco mais de cuidado.

Irei enumerar alguns deles, como forma de alerta aos amigos leitores:

“Jogo do Tigrinho”: Também conhecido como “Fortune Tiger”, foi desenvolvido pela empresa Pocket Games Soft (PG Soft), que tem sua sede em Malta. Vocês sabem onde fica Malta? Nunca ouvi falar, mas pesquisando no ‘Pai dos Burros’ descobri que é um pequeno país localizado no sul da Europa, numa ilha próxima à Sicília, na Itália. Esse jogo deve pertencer a mafiosos italianos.

Quem ganha com o jogo? Em primeiro lugar, os ‘Operadores das Plataformas de Apostas’, que ganham com as apostas dos jogadores que muitas vezes perdem fortunas para ganhar prêmios que raramente são alcançados. Em segundo, os camaradas conhecidos no Brasil como ‘Influenciadores Digitais’, que possuem de 10 a 65 milhões de seguidores que gostam do famoso ‘Besteirol’. Eles ganham de 5 a 15 mil reais por semana.

Esses camaradas são bandidos que têm enganado sistematicamente muitas pessoas, desde um estudante que perde sua mesada até grandes empresários que perdem fortunas, por várias razões: promessas falsas de ganhos fáceis em dinheiro. Os bandidos utilizam ‘Promoção por Influenciadores’ que mostram uma vida de luxo e ganhos aparentes, dando uma falsa sensação de legitimidade e sucesso.

O jogo utiliza gráficos coloridos e infantis, atraindo o público mais jovem e menos experiente para identificar fraudes. Pasmem, pessoas ricas e inteligentes caem na armadilha. Os bandidos utilizam perfis falsos no Instagram e outras redes sociais com promoções do jogo, como forma de aumentar a visibilidade e atrair mais vítimas. Ainda bem que a polícia tem feito investigações e prendido alguns dos responsáveis por promover e operar esses esquemas.

‘Golpe do PIX’: Os golpistas enviam mensagens se passando por bancos, informando sobre transações suspeitas e pedindo para a vítima entrar em contato com uma suposta central de atendimento. Durante a ligação, eles solicitam dados pessoais ou induzem a vítima a fazer uma transferência. Eu, particularmente, não atendo ligação que não está na minha agenda, muito menos com DDD de outros estados com maior densidade populacional e atividade econômica, por exemplo, do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

‘Golpe da Falsa Central de Atendimento’: Criminosos se passam por funcionários de bancos ou empresas, alegando problemas como clonagem de cartão, pedindo dados pessoais e bancários para “resolver” o problema, mas na verdade usam essas informações para fraudes.

‘Golpe da Tarefa’: Prometem pagamentos por tarefas simples, como curtir publicações ou seguir perfis, pedindo um pequeno investimento inicial ou dados bancários, mas o pagamento prometido nunca é enviado.



‘Golpe do Boleto Falso’: Os bandidos enviam boletos falsos por e-mail ou aplicativos de mensagens, que parecem ser de empresas legítimas. Quando a vítima paga, o dinheiro vai para a conta dos criminosos. Uma forma rápida de saber se o boleto é falso é verificar a numeração que aparece em todo boleto. Os três primeiros números devem ser do banco que aparece ao lado, por exemplo: BB 001, CEF 104, Bradesco 237, Itaú 341 e Santander 033. Caso comece com outro número, é falso. Os últimos números devem ser exatamente o valor a pagar, por exemplo, R$ 744,50, os últimos números serão 74450. Caso o cidadão de bem não observe esses detalhes e for ao banco ou tentar pagar pelo aplicativo do seu banco em seu celular, ao aponta a câmera para ler o ‘Código de Barras’, ele apresenta uma falha bem no meio e pede para a pessoa digitar aquela série de 45 números. É golpe! Perdeu, mané!

‘Ransomware’: É um ‘Malware’ (um software malicioso) que sequestra os dados do usuário e cobra um valor de resgate para liberá-los. É uma forma de extorsão digital. Tenha muito cuidado, não clique em links que te mandam pela internet.

‘Criptomoedas’: É uma moeda digital descentralizada, criada e gerida por meio de tecnologia de ‘Blockchain’ (tecnologia segura) e sistemas avançados de criptografia. Existem muitos golpes relacionados a Criptomoedas, como esquemas de pirâmide e fraudes de ICO (Oferta Inicial de Moeda). Muitas pessoas perdem dinheiro por falta de conhecimento, podem perder suas reservas para os ‘Hackers’ (uma pessoa com habilidades avançadas de informáticas usada para o mal) e também pelos preços que sobem e podem descer drasticamente. O megainvestidor brasileiro Luiz Barsi, um senhor com um patrimônio de 4 bilhões de reais, falou numa entrevista que já pegou em Real, Dólar Americano, Euro, Ouro, Prata, Diamante, Joias e já visitou a sede do Banco do Brasil e da Petrobras e da empresa Klabin, mas nunca na vida viu uma ‘Criptomoedas’, pois ela é uma invenção do homem, não existe no plano físico. Dessa forma, jamais investirá numa coisa irreal.

Para se proteger, é importante desconfiar de mensagens e ligações suspeitas, nunca fornecer dados pessoais ou bancários sem verificar a autenticidade da solicitação, e manter seus dispositivos protegidos com antivírus e atualizações de segurança.

E acima de tudo, deixe de ilusões que será fácil ganhar dinheiro em sites que prometem ganhos acima da média e que vendem produtos abaixo do preço de mercado. Exemplo recente: Site do famoso ‘Big Brother Brasil 2021 ‘Nego Di’. É golpe dos ladrões da internet!

Fonte: IA Copilot da Microsoft