Quem vem a pé ou
de carro e entra numa depressão logo após a Avenida Leonardo Malcher, avista em
seguida uma ladeira e ao lado direito uma escadaria que vai até o topo. No dicionário
informal “escadaria” significa série de lances de escada separada por patamares
onde se pode descansar durante a subida ou a descida. Ela inicia-se em frente a
Casa dos Madeira, com um patamar bem em frente ao portão principal da residência.
São 13 (treze) lances de escadas, com um total de 10 (dez) metros de
comprimento. Acima existe mais um patamar com outro acesso (com um portão
pequeno para mais um acesso a moradia dos Madeira). Na década de sessenta esta
escada era de madeira, exigindo reparação constantes, pois se deterioravam rapidamente.
Na década de setenta, com a ligação viária com a Avenida Leonardo Malcher foi construída
uma de cimento armado (que dura até os dias atuais). A partir do terceiro lance
de escada encontramos mais 23 (vinte e três) lances de escadas, estas foram bem
elaboradas e largas, com 30 (trinta) metros de comprimento. Não sabemos quando foram
construídas, presume-se que seja da época do Barão de São Leonardo (1817-1894),
um homem riquíssimo que foi 1º. Vice-presidente da Província do Amazonas (1868)
e construiu o Palacete de São Leonardo (atual Instituto Benjamin Constant) –
ele era dono de todas àquelas áreas, incluindo onde é hoje a Rua Tapajós. Não
sabemos ao certo quem o mandou construir, caso tenha sido feita pelo Barão, ela
tem mais de 150 anos, mais velha que o Teatro Amazonas (1896, 126 anos em 2022)
e a Igreja de São Sebastião (1888, 134 anos em 2022). O total da escadaria é de
36 (trinta e seis) lances de escadas e 3 (três) patamares, num total de 40
(quarenta) metros de comprimento. O estado atual é de total abandono, com muito
mato e lixo em toda a sua extensão, além de buracos e pedras soltas, sem contar
o muro de pedras que está sujo e pintado (pedra não se pinta!). Preocupado com
esta situação de abandono, pensei em revitaliza-la, colocando azulejos em seus
degraus, alusão da “Escadaria Selarón”, nos bairros Santa Tereza e Lapa, no Rio
de Janeiro. A atriz Socorro Papoula, a sua filha Maíra Dessana e o seu
namorado, o arquiteto Bruno, estão abraçando a ideia. O Bruno vai fazer um
projeto e entraremos em campo. Caso não recebermos o apoio da Prefeitura de
Manaus, o jeito será fazermos feijoadas, bingos e pedir ajuda dos amigos e comunitários
para fazermos este trabalho. Primeiro, irei consultar o IPHAN para sabermos se
poderemos fazer este trabalho, pois o IBC está tombado pelo Patrimônio
Histórico. Fiz um vídeo e já está no Youtube endereço https://www.youtube.com/watch?v=rkV3TGGlixk