Meu
nome de batismo é José Martins Soares, conhecido por muitos por José Rocha,
apelido herdado de meu pai, o saudoso luthier José Rocha (Rochinha), um cearense que veio para Manaus ainda muito
jovem, famoso por construir e consertar instrumentos de corda, entre os quais o
violão, conquistando fama além-fronteiras.
Nasci no Hospital da Santa Casa
de Misericórdia, vivendo os primeiros dias com meus pais e meus irmãos mais
velhos num “flutuante” no Igarapé de Manaus. Aos doze anos de idade fui morar
com a minha família na Vila Paraíso, na Avenida Getúlio Vargas. Casei em 1980 fixando residência no Conjunto
dos Jornalistas, depois de separado voltei ao centro da cidade.
Dentre algumas conquistas, a
colocação de grau no curso de Administração de Empresas pela Universidade
Federal do Amazonas (UFAM) e apesar das vicissitudes, a alegria de manter em
todos esses longos tempos, um grande número de amigos fraternos e também de
desfrutar da companhia e do carinho dos três filhos e dos três netos que Deus
me presenteou.
Sou um sessentão, gosto de
caminhar pela minha cidade Manaus, senti-la, fotografá-la e acompanhar a sua
evolução, fazendo postagens nas mídias sociais, principalmente sobre a sua
história, o seu povo e a cultura. Este
livro foi fruto de publicações no BLOGDOROCHA do qual sou editor
desde 2006, no sitio www.jmartinsrocha.blogspot.com. Conto com um farto material recolhido de
livros de autores amazonenses, pesquisas em jornais antigos e de mídias sociais.
Não sou historiador, apenas um
memorialista, procurando sempre colocar nos textos meus sentimentos e minha
saudade da antiga Manaus. Mana é como os manauaras se tratam uns com os outros, constituindo-se na
maior família do planeta. Isto é cultural. Manaus a nossa cidade, significando em
tupi “A Mãe dos Deuses”. Somos seus filhos, por isso todos os manauaras são
irmãos. O saudoso jornalista manauara
Inácio Oliveira escreveu artigos e poemas com o título Mana Manaus. O
poeta amazonense Chico da Silva compôs e gravou a toada Mana mana Manaus, para demonstrar o seu amor a cidade que o acolheu
como seu legítimo filho. O livro é dedicado a ela, a nossa Mana Manaus.
Mana mana Manaus
No coração da hiléia
Tu és soberana cidade matriz
O rio Negro teu ciúme, teu costume
Abraça forte teu terraço fluvial
O rio Amazonas viageiro te paquera
Nesse manto florestal
Vila da Barra, tu és monumental
Entalhada pelos teus igarapés
Mana Manaus
Bela arte manauara
Os teus palácios, o teatro, a catedral
A relumear, sob o céu da Amazônia
Os teus poetas, tuas danças e bumbás
Mana manô
Minha fada, meu conto de amor
O orgulho e encanto do amazonense
Chico da Silva