Hoje, 15 de Outubro, dia
comemorativo do “lente”, professor e mestre, aquele que no mesmo dia e mês do
ano de 1827, o D. Pedro I, editou um Decreto Imperial criando o ensino
elementar em nosso país, bem como, no mesmo dia e mês de 1963, o presidente da
República, o João Goulart, institui o “Dia do Professor”, através do Decreto
Federal no. 52.682.
O Decreto do Imperador era
inovador, pois determinava a descentralização do ensino, a remuneração justa
dos professores e as matérias básicas que deveriam ser ministradas, porém,
desde aquela data até os dias atuais, os governantes vêm desrespeitando isso.
Realmente, a educação e os
professores não são levados a sério pelas autoridades governamentais em nosso
país.
Somente para exemplificar:
no governo do Collor, um empresário paulista faliu em decorrências das
políticas econômicas adotadas pelo executivo, ele e a esposa foram para o
Japão, em busca de emprego numa empresa automobilística, chegando lá, passaram
por uma triagem, o marido foi encaminhado para o setor de descarga de carros,
para tirar a rebarba das soldas, mesmo tendo um título de engenheiro no Brasil,
ganhando dois mil e quinhentos dólares por mês, enquanto, a sua esposa, formada
em pedagogia, foi reverenciada pelos japoneses, sendo admitida como diretora da
escola dos filhos dos trabalhadores brasileiros, com um salário inicial de
cinco mil dólares (ela ganhava três salários mínimos no Brasil), demonstrando o
quanto eles tem respeito pela educação.
Enquanto isso, o Brasil
ficou em penúltimo ranking mundial de educação, elaborado pela Unesco.
Segundo os professores da UnB as
causas foram em decorrência do numero elevado de vagas ofertadas nas escolas do
país, sem que houvesse expansão da infraestrutura de ensino e do numero de
professores, além da baixa formação dos docentes e da demora por parte do
governo para dar prioridade à área.
Apesar de todos esses
desrespeitos a educação no nosso país e aos professores, nada mais justo do que
lembrarmos e agradecermos aos nossos mestres, com todo o carinho do mundo.
Nesse dia importante,
agradeço imensamente aos meus mestres:
Professora Genoveva –
uma portuguesa de olhos azuis, morava na
esquina das Ruas 24 de Maio e Costa Azevedo, professora de “primeiras letras”
no Colégio Barão do Rio Branco, na Avenida Joaquim Nabuco – foi ela que me
ensinou a ler e escrever;
Professor Alonso – morador da Rua Marçal (entre a Rua
Costa Azevedo e Avenida Getúlio Vargas), ele foi uns dos melhores professores
da língua portuguesa em Manaus, lecionou durante anos no Colégio Benjamin
Constant;
Professor Garcytilzo de
Lago e Silva –
fui seu aluno no Instituto de Educação do Amazonas, a sua sala de aula era o
laboratório do colégio, depois, foi lecionar na UFAM e no ICBEU;
Professor Jefferson Peres – fui seu aluno na disciplina de
Economia Brasileira, porém, não consegui absorver muito os seus ensinamentos e,
fui reprovado, mas, não guardei mágoas, tanto que estou lembrando dele neste
momento;
Professor José Seráfico – um dos mais brilhantes professores
da Faculdade de Estudos Sociais (Administração de Empresas) da nossa querida
Universidade Federal do Amazonas – a base da minha formação profissional devo a
ele.
Certa vez, um professor
paulista, o Salomão Becker, fez
um discurso nessa data, em 1947, ao qual ficou famoso pela frase "Professor
é profissão. Educador é missão".
Parabéns aos professores pelo seu dia, em especial, aos meus mestres, com carinho. É isso ai.
Parabéns aos professores pelo seu dia, em especial, aos meus mestres, com carinho. É isso ai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário