Com as
grandes cheias dos rios da Amazônia, este termo está muito em voga, por ser, atualmente, um recurso fundamental para os nossos pobres
ribeirinhos salvarem os seus animais domésticos, a sobrevivência da família e dos poucos
móveis que possuem em suas casas.
A maromba
é um jirau alto, feito de tábuas ou troncos, onde se põe o gado durante as
grandes enchentes na região amazônica, serve também para salvar as plantas, os
animais domésticos (galinhas, porcos, carneiros, cachorros etc.) e objetos de
utilidade dos ribeirinhos, além de ser um termo conhecido para designar os assoalhos das casas alagadas e das passarelas de madeiras.
Na confecção
das marombas, o caboclo utiliza com mais frequência as toras da madeira conhecida
como açacu, pois ela é leve, resistente à umidade e com alto poder de flutuação;
monta os assoalhos com tábuas de copiúva, andiroba ou de louro-gamela, com
cobertura de lona ou palha de palmeira nativa.
A grande
maioria dos caboclos mora em casas tipo palafitas (sustentadas por paus ficados
ao solo), bem como, em habitações que ficam nas proximidades da orla dos rios
(conhecidos como ribeirinhos), são estes que mais sofrem com as cheias dos
rios.
Quando a
enchente é grande, as famílias entram em desespero, com a água tomando,
inicialmente, o quintal da casa, quando são obrigadas a protegerem os animais, depois, a água sobe e começa a tragar o assoalho, quando são obrigadas a construir marombas
no interior, ficando suspensos os objetos e os poucos móveis; o espaço fica
diminuto, com atenção total as crianças pequenas para não caírem no rio, além
do perigo constante de ataques de cobras, jacarés e outros animais peçonhentos.
O acesso
das pessoas que moram nas áreas alagadiças até a terra firme somente pode ser feito
por estreitas passarelas de madeira, também conhecida como marombas – é um sufoco
total para os velhos, doentes e crianças.
Próximos às
sedes das cidades interioranas, a grande maioria dos ribeirinhos utilizam as “casas
flutuantes”, um tipo de moradia onde é apoiada por grandes toras de madeiras,
conhecida como bóias – este tipo de residência permite uma maior tranquilidade,
pois flutuam, evitando a entrada das águas dentro da casa.
Na orla
da cidade de Manaus, a casa flutuante é proibida desde a década de 60, com as pessoas mais humildes
optando em morar em palafitas, sofrendo todos os anos com as cheias cada vez
maiores.
O governo
estadual vai colocar em prática um projeto para retirar todos estes tipos de
moradias, indenizando as famílias e dando-lhes condições mais
dignas – assim, espera-se que seja feito!
Povo
sofrido é o brasileiro, enquanto no nordeste padece com as grandes estiagens, sem
água potável para beber, plantar e cuidar dos animais - na Amazônia, com as grandes
cheias dos rios, para sobreviver, ver-se forçado a utiliza as marombas.
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