No dia 20 de outubro comemora-se o “O Dia do Poeta”, em decorrência do Decreto no. RJ 66/1978, não existe uma razão especifica, pois todo dia é dia do poeta.
O termo poeta vem do grego “poietés”, aquele que faz, que tem faculdades poéticas e se consagra à poesia, faz versos e é considerado um erudito. Somente um poeta é que tem a imaginação inspirada, devaneia e tem um caráter idealista.
Existem algumas formas de expressão do ser humano, mostrada através da pintura, música, teatro, composições literárias e poéticas, que vem do berço, ou seja, nascem com a pessoa – é um dom; dessa forma, não se faz um poeta, ele nasce feito, no decorrer da sua vida ele vai apenas refinado as técnicas para expor o seu pensamento.
No Amazonas temos uma plêiade de poetas e poetisas - muitos já foram para o andar de cima, mas, o poeta nunca morre, sempre ficam as suas obras para a posteridade -, outros tantos, ainda estão em plena produção poética.
As minhas homenagens aos poetas: Elson Farias, Aldísio Filgueiras, Chico da Silva, Max Carpenthier, Dori Carvalho, Rogel Samuel, Ribamar Mitoso, Ernesto Penafort e Gaitano Antonaccio.
Parabéns aos poetas do POETATU (Gens da Selva): Anibal Beça, Anísio Mello, Marcos Gomes, Celestino Neto, Jersey Nazareno, Tenório Telles, Zemaria Pinto, Felipe Wanderley, Castro e Costa, Henrique Mesquita, Simão Pessoa, Célio Cruz, Cleber Cruz e Eliberto Barroncas.
Parabéns aos poetas do Clube da Madrugada: Jorge Tufic, Farias de Carvalho, Pe. Luiz Ruas, Luiz Bacelar, Thiago de Mello, Antístenes Pinto e Max Carpenthier.
Parabéns para os poetas brasileiros: Carlos Drummond de Andrade, Cecília de Meireles, Fernando Pessoa, Manoel Bandeira, Mário Quintana e Vinícius de Morais.
Uma homenagem especial ao nosso poetinha Luiz Bacellar, escrito por Aníbal Beça: "Luiz Bacellar é um dos escritores mais significativos da literatura que se produz no Amazonas. Nascido em Manaus, no dia 4 de setembro de 1928, o poeta viveu sua infância numa época marcada pela crise econômica que se seguiu ao fausto do "ciclo da borracha". Sua obra é perpassada por elementos de forte componente erudito, ao mesmo tempo em que retrata temas e motivos da cultura popular, do folclore, em particular as vivências de sua infância no bairro dos Tocos, hoje Aparecida.O universo poético retratado por Bacellar, sobretudo em Frauta de Barro, constrói-se sobre o plano da memória. Tece seus versos com os fios das lembranças, reminiscências de seu mundo infantil. Constrói um mapa esmaecido de uma cidade corroída pelo tempo e pelas transformações econômicas – Manaus. Não a que conhecemos hoje, surgida sob as determinações da Zona Franca, mas a Manaus provinciana da segunda metade do século que se encerra. Estudou no Colégio São Bento, em São Paulo, onde completou seus estudos. Aperfeiçoando-se posteriormente, no Rio de Janeiro, em Pesquisa Social, Antropologia e Museologia, realizando parte de seus estudos sob a orientação do saudoso professor e estudioso da cultura brasileira Darcy Ribeiro. A música é outro componente importante de sua produção poética. Parte significativa de seus textos são plasmados por intensa musicalidade. Foi professor de Literatura e Língua Portuguesa no Colégio Estadual D. Pedro II, pólo aglutinador, nos anos 50 e 60, da jovem intelectualidade de Manaus. Destacou-se no processo de renovação da literatura regional, participando da movimentação que culminou na fundação do Clube da Madrugada, em 1954. Exerceu o jornalismo, atuando em diversos órgão de comunicação de Manaus. No plano institucional, foi conselheiro de cultura do Estado do Amazonas em diversas oportunidades. A vida literária do poeta Luiz Bacellar teve um começo feliz: conquistou, em 1959, o prêmio "Olavo Bilac", da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, com aquele que seria seu livro de estreia, Frauta de barro, publicado em 1963”.
Sobre a nova geração de poetas no Amazonas, o Max Capenthier falou o seguinte: “Eu acho até que há muitos, e a história, finalmente, acabará por selecioná-los. Acontece que, no Brasil, tocados que somos por esse favoritismo equatorial, por essa força da paisagem, aos 18 anos quase todos nós escrevemos poemas de “dor-de-cotovelo”. É possível que tenhamos aqui, no Amazonas, uns 30 ou 40 poetas, mas a poesia não é só isso. A poesia é um sacerdócio. Depois, com o amadurecimento, decidimos ou não se seremos poetas. Porque isso envolve uma perspectiva de vida e o tipo de comportamento. Portanto acho que temos bastante gente escrevendo, e alguns devem ficar literatos para sempre, assumindo essa posição. Não vejo que nós tenhamos falta disso. A todo instante, livros publicados de poetas jovens, de escritores jovens. Muitos deles não persistirão, mas alguns vão ficar e serão bons”.
Um comentário:
obrigado, Amigo, pois poucos, só poucos se lembram de mim como poeta amazonense
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