Segundo os historiadores, o futebol amazonense teve início no final do século dezenove, era jogado basicamente pelos ingleses, depois, foi disputado na categoria amadora, de 1914 a 1959, tornando-se profissional a partir de 1960.
Com a produção e comercialização da borracha, conhecida como ouro branco, motivou a vinda de muitos estrangeiros para Manaus, os ingleses chegaram em peso, dominavam a comercialização e o transportes, bem como, foram os responsáveis pela construção de praticamente toda a infraestrutura da cidade.
Por serem os criadores do “footboll”, dominavam a bola muito bem, tanto que se intitulavam “os imbatíveis”, jogavam no horário nobre e, eram chamados de “primeiros teams” – isto chamou a atenção da elite jovem desportiva da cidade, que passou a praticar o esporte e invadir a praia dos gringos.
O crescimento do esporte foi rápido, tanto que em 1914 foi fundada a “Liga Amazonense de Foot-ball”, para coordenar o Campeonato Amazonense de Futebol. Em 1917, foi criada a FADA – Federação Amazonense de Desportos Atléticos, no comando do esporte amador até 1960.
A Federação Amazonense de Futebol (FAF) foi fundada no dia 26 de Setembro de 1960, tendo como primeiro presidente o Dr. Flaviano Limongi, com a sede atual instalada num prédio antigo da Avenida Constantino Nery, 282, centro.
O apogeu do futebol amazonense foi de 1960 ao final da década de 80, com a casa sempre cheia, principalmente nos jogos conhecidos como “Rio-Nal”, sendo o primeiro com 17 campeonatos ganhos e, o segundo, com 40 campeonatos.
Segundo o site da FAF “a Federação está empenhada em fomentar o crescimento do futebol no Estado do Amazonas e dar o apoio necessário a realização de competições e o aumento do prestígio dos times amazonenses”.
Na “Era Dissica” que perdura por mais de vinte anos, marca o afastamento do público dos estádios, com a decadência do apoio aos atletas locais, com campeonato de baixo nível técnico, contrariado tudo o que o propõe os estatutos da FAF.
Assim como tem os “donos” dos times, conhecidos como “cartolas”, existem também os donos das Federações de futebol – lembra do Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco da Gama? Pois é, no Amazonas, o dono da Federação é o senhor Dissica Valério Thomaz, com 20 anos no cargo. Na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o dono é o senhor Ricardo Terra Teixeira, com 22 anos no poder. Na FIFA, o senhor Joseph Blatter, está com 13 anos, ele substituiu o João Havelange, este ficou 24 anos a frente da Federação!
A FAF sofreu uma intervenção, mas o Dissica conseguiu voltar ao poder, segundo o Deputado Estadual Luiz Castro (PPS) “Que a Justiça intervenha novamente e coloque um administrador para reorganizar a FAF – essa direção atual tem que cair e que seja antes da Copa do Mundo de 2014”.
Triste final de história para o futebol amazonense, um esporte que começou no final do século dezenove, teve o seu auge de sessenta a oitenta, está morrendo a míngua. A construção da Arena da Amazônia, um estádio de mais de quinhentos milhões de reais, servirá para abrigar apenas três jogos da Copa do Mundo de 2014, depois, será apenas um “elefante branco”, não servirá para nada, pois, o futebol amazonense está morto, faltando apenas enterrar! É isso ai.
2 comentários:
Parabéns pelo resgate. Agora, não concordo que o Futebol no Amazonas está morto! Somos vice-campeões brasileiros da série D com o América AM e vice com o São Raimundo E.C. Não podemos considerar a cartolada como "o Futebol Amazonense". Precisamos é participar indo aos estádios e participando ativamente nas redces sociais. Um futebol com esta História não deve e nem pode sucumbir ante interesses pessoais. O que não posso fazer é ficar assistindo os Times do Sudeste pela Televisão... acreditando que são melhores que os nossos e nos depreciando sempre. Ser do Norte já é dificil, pois estamos expostos a depreciações diversas. Continuar a torcer por times do sudeste e de outros países, só revela o quanto somos "colonizados". O futebol do Amazonas tem feito dentro de campo resultados importantes revelando talento e vontade e os nossos clubes tem de lutar contra uma imprensa colonizada e auto-depreciativa, além de dirigentes oportunistas. Mas a magia do futebol amazonense, essa o torcedor verdadeiro não deixa que se apague a chama. Os amazonenses e amazônidas devem mobilizar-se para participar dos nossos clubes e das nossas lutas como a Preservação do Encontro das Águas, pois que ama o ludopédio sabe o quanto representa para a identidade dos amazonenses, um Leão Azul Centenário (NAÇA), Um GALO da Praça da Saudade e Um ROLO compressor! Saudações Amazonenses!
não vamos tapar o sol com a peneira!o nosso futebol esta sim falido e morto!parabens rocha pela coragem de falar sobre essa oligarquia que estar ai no poder e q faliram o nosso futebol,poucos tem essa coragem de falar abertamente e quem defende e por q tem medo ou o rabo preso com essa cambada e destruidores!
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