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segunda-feira, 19 de abril de 2010

A MÚSICA E O MEDIUNISMO - CHICO DA SILVA E CHICO XAVIER


Duas reportagens me chamaram a atenção,foram publicadas pelo jornal Diário do Amazonas, ambas falam sobre dois Chicos, a primeira é sobre o cantor e compositor Chico da Silva e, a segunda sobre o Centenário do Chico Xavier.
O Chico da Silva falou sobre o momento da inspiração, da composição de um samba, aquele momento especial em que os versos vem a sua mente.
O Chico Xavier era um homem simples, cursou somente o primário, porém, escreveu mais de 400 livros, alguns o chama de “O Apóstolo do Espiritismo”.

Juntando a inspiração do Chico da Silva e  o espiritismo do Chico Xavier, transcrevo o que o espiritas escreveram sobre a música:

"Música é mediunismo. Principalmente essa que tem por base a melodia, manifestação mais linda do espírito humano. A outra, a rítmica, é ginástica mental, cálculo matemático, quase sempre exteriorização de instintos primitivos... A melodia, assim, é resultado que há de melhor em nossa alma. É poesia, essência. Daí a “ligação” estreita que sempre existiu entre o compositor e as forças ocultas do Espírito. Essa “ligação” espontânea. Nem mesma o artista dela toma conhecimento, a não ser quando tem noções das coisas do Outro Lado. Mas, de maneira geral, a sinfonia entre os dois planos – o material e o espiritual – é conseguida através dessa vibração nervosa, desse especialíssimo estado de alma que se chama inspiração. Basta interrogar-se um compositor para se ter a idéia dessa afirmativa. O artista não compõe quando quer, mas quando pode, quando sente dentro de si crepitar a brasa viva da música, o desejo incontido de fazer música, de escrever música. Quando “ouve” a Música. Por ser profundamente subjetiva, a Música surge sem motivos aparentes, brota da alma sem esforço. E no instante de compor, o artista fica “tomado”, sente o transe mediúnico, sai fora da sua realidade para integrar-se nalguma coisa que ele mesmo não sabe explicar. É o instante glorioso da criação! Às vezes, entretanto, o compositor percebe de olhos abertos, conscientemente, as influências astrais, chegando mesmo a identificar as entidades colaboradoras de suas criações. Foi o caso de Schumann, por exemplo... Um incompreendido genial. Sentia Beethoven ao seu lado nas horas de trabalhar suas composições magistrais. Essa manifestação, por falta de maiores conhecimentos da ciência do Espírito, levou o desventurado criador da extraordinária Trâumerei – umas das páginas musicais mais lindas de todos os tempos – aos territórios da loucura. De modo que, o que se observa entre os compositores é que eles são médiuns intuitivos. Sintonizam com as vibrações do Alto, responsabilizando os “fenômenos” que sentem com frutos, apenas, da própria sensibilidade. É que é sensibilidade senão o próprio mediunismo?..."

Agora dá para entender este instante glorioso da criação. É isso aí!

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